3 aspectos de uma boa política de educação para os media
O que pode fazer parte de uma política de educação para os media
1. Quadro de qualidade
Todas as boas políticas têm uma base sólida para tornar claros os aspetos fundamentais no seio da comunidade escolar. Esta pode consistir em:
Um acordo: Desenvolver um quadro de qualidade abrangente que defina os objectivos, o âmbito e as normas da educação para a educação para os media, assegurando o alinhamento com os objectivos e valores educativos.
Regras: Implementar diretrizes e regras claras relativamente a tópicos de educação para os media na comunidade escolar.
Representante: Designar um membro ou uma equipa como principal ponto de contacto para questões relacionadas com a educação para os media ou quando algo acontece.
Grupo de trabalho: Formar um grupo de trabalho multidisciplinar que inclua educadores, diretores, alunos e pais para supervisionar a implementação e a melhoria contínua da política de educação para os media.
Inquéritos escolares: Realizar inquéritos regulares para avaliar a eficácia das iniciativas de educação para os media, recolher feedback das partes interessadas e identificar áreas a melhorar.
2. Prevenção
Para minimizar os riscos, a sua escola pode centrar-se em medidas preventivas para educar e capacitar proativamente os alunos, o corpo docente e os pais relativamente a temas de educação para os media. Estas medidas podem consistir em:
Oportunidades de aprendizagem: Integrar a educação para os media no currículo de várias disciplinas e níveis de ensino, dotando os alunos e o corpo docente de conhecimentos e competências para analisar criticamente e criar conteúdos mediáticos.
Integração da educação para os media nas actividades escolares: Integrar os princípios da educação para os media em várias actividades e aulas escolares, promovendo uma cultura de educação para os media e de cidadania digital.
Diretrizes: Estabelecer diretrizes claras para identificar problemas com os alunos ou corpo docente, por exemplo, questões relacionadas com o ciberbullying e a desinformação. Certificar-se de que a equipa da escola sabe o que está a acontecer com os alunos.
Envolvimento dos pais: Envolver os pais através de workshops, momentos parentais e dicas para apoiar a educação para os media em casa.
Apoio dos pares: Promover a aprendizagem entre pares e redes de apoio onde os alunos possam colaborar, discutir e partilhar estratégias para uma utilização responsável dos media. Isto pode ser feito através de iniciativas entre pares.
3. Aspeto curativo
Por vezes, as coisas correm mal e pode ocorrer um incidente relacionado com temas de educação para os media, por exemplo, um caso de sexting que correu mal, um caso de ciberbullying, uma fuga de dados... Isto acontece e é bom ter uma política com um protocolo para quando as coisas correm mal. Este pode consistir em:
Trabalho centrado na recuperação: Dar prioridade ao bem-estar e à recuperação das pessoas afetadas por incidentes relacionados com os media, proporcionando-lhes acesso a aconselhamento e apoio.
Protocolo de comunicação: Estabelecer diretrizes claras de comunicação com as diferentes partes interessadas quando algo corre mal. Como comunicar um incidente aos alunos, aos pais, ao corpo docente e à comunidade, assegurando simultaneamente a transparência e a confidencialidade?
Avaliação: Avaliar regularmente a eficácia do processo curativo, incluindo os protocolos de resposta, os serviços de apoio e as estratégias de comunicação, para identificar as áreas a melhorar e implementar os ajustes necessários.
Cuidados posteriores: Prestar apoio contínuo e serviços de acompanhamento às pessoas afetadas por incidentes relacionados com os media, assegurando o seu bem-estar contínuo e a sua reintegração na comunidade escolar.